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Antes do e-commerce

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O e-commerce no Brasil teve recordes históricos com a pandemia. No entanto, a alta concorrência nesta área têm afastado empreendedores do investimento. A boa notícia é de que há muitos canais para serem ocupados antes de estabelecer o e-commerce da sua papelaria.

Reportagem: Jana Sampaio

“Em seis meses de pandemia, o e-commerce cresceu o equivalente aos dez anos anteriores e, mesmo assim, ainda não atingiu seu máximo potencial. Pode até parecer que não há espaço para quem está chegando agora, mas a verdade é que o e-commerce é para todos. Basta considerar o perfil do negócio, seu estágio de maturação e identificar o melhor canal para vender”, afirma Bruno Oliveira, CMO da Adsplay, consultoria que atende mais de 300 marcas.

Entre os possíveis meios para realizar as vendas estão o site e as redes sociais da empresa, além dos marketplaces – esse último segmento expandiu 41% nos últimos dois anos, o que pôs o Brasil na décima colocação no ranking dos países que mais crescem no mercado on-line no mundo.

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“Pode até parecer que não há espaço para quem está chegando agora, mas a verdade é que o e-commerce é para todos”

Bruno Oliveira

De acordo com Bruno, uma estratégia eficaz para quem está começando a se inserir no e-commerce é mudar ou adicionar um canal de vendas quando o atual já não for capaz de suprir as expectativas e necessidades da empresa. No caso dos lojistas que já têm uma cartela de clientes, por exemplo, a sugestão é que o primeiro passo seja o WhatsApp Business. A partir daí é possível enviar catálogos de produtos e promoções exclusivas para várias pessoas de uma vez só adicionando todas elas a uma lista de transmissão.

Por se tratar de uma ferramenta de automação, a opção permite ainda que, ao receber uma mensagem, a loja cadastre uma resposta automática informando endereço, horário de funcionamento e perfis nas redes sociais. É possível ainda habilitar o ícone ‘loja’ e disponibilizar fotos e preços das mercadorias, de modo que o consumidor tenha autonomia para realizar seu pedido. “Mesmo quem está iniciando um negócio pode publicar o link de acesso direto do WhatsApp em sua conta no Instagram e, assim, ter a chance de vender nas duas plataformas”, explica Bruno.

A rede social de vídeos e fotos, aliás, é uma opção a ser considerada por todo mundo, desde o pequeno ao grande empreendedor. Isso porque o Instagram, mais do que um canal de vendas, é também um meio de divulgação de produtos que viabiliza a entrega daquele conteúdo até mesmo para quem não segue a página da empresa. Para que a mágica aconteça, a orientação da própria rede é gravar vídeos e postá-los na seção “reels”.

Outra dica para um bom engajamento é alimentar o perfil regularmente, tendo sempre como norte o fato de se tratar de uma rede social de imagem, ou seja, é obrigatório que as fotos se comuniquem com seu público. Já para os lojistas com mais de 50 mercadorias no estoque e fluxo regular de produção, a criação de uma conta num marketplace pode ser uma boa ferramenta para testar produtos e operações mais complexas. Nesse caso, costuma-se cobrar taxa de cinco centavos de dólar e uma porcentagem fixa, que geralmente varia de 0,2% a 0,5% sobre o valor da venda efetuada.

“Quem opta pelo marketplace deve ter em mente que bons títulos e fotos ajudam a destacar o produto. Dá para otimizar a transação quando se conhece as dimensões e o peso da mercadoria, pois isso aumenta a capacidade de fazer entregas rápidas e tornar o processo mais eficiente”, lembra Bruno.

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“Não adianta abrir um site e deixá-lo largado… É necessário estratégia digital, seja contratando consultoria e uma equipe de mídias sociais ou investindo em anúncios e estudando por conta própria”

Elvis Gomes

E-commerce não é mais barato do que a loja física

Fundador da Painel10, consultoria que atendeu cerca de sete mil empreendedores nos últimos 20 anos, Elvis Gomes diz que até é possível seguir para o último passo, o da criação de um site, sem fazer investimentos, mas que, passados seis meses, a tendência é que a loja on-line encerre suas atividades.

“Ao contrário de uma unidade física, onde as pessoas passam em frente e olham a vitrine antes de decidir entrar, o e-commerce precisa investir em tráfego pago para que os clientes o acessem, a menos, claro, que seja uma loja muito conhecida. O interessante é que todo o dinheiro destinado a anúncios e campanhas digitais gera um retorno rastreável, ou seja, o empresário começa a identificar o caminho que foi feito até a loja”, sintetiza Elvis.

Segundo o consultor, o maior erro de quem abre uma loja virtual é acreditar que os custos serão menores do que os de uma unidade física, o que não é real. Ele afirma que, para se tornar um case de sucesso, é imprescindível acompanhar diariamente os itens mais procurados, ter uma meta de vendas periódica, checar se a navegação é intuitiva e o que pode ser feito para melhorar a experiência.

Em outras palavras: o e-commerce deve, sim, ser encarado como uma segunda loja da empresa, com o detalhe de funcionar 24 horas por dia e sete dias por semana. “Não adianta abrir um site e deixá-lo largado. O primeiro ano da empresa, por exemplo, vai exigir que a receita seja reinvestida no negócio, e isso inclui estratégia digital, seja contratando consultoria e uma equipe de mídias sociais ou investindo em anúncios e estudando por conta própria”, orienta ele.

Há ainda ferramentas gratuitas que auxiliam a empresa a identificar tendências, como o Google Trends, que informa os assuntos mais pesquisados numa determinada região e traça o perfil de quem está fazendo essas buscas (idade, sexo, cidade, país). Por sua vez, o Facebook IQ permite que, a partir do gerenciador de anúncios, seja possível identificar os dados pessoais do seu público consumidor e do concorrente, como as páginas curtidas e os conteúdos que mais rendem interações, um tipo de vantagem muito mais difícil e cara de ser obtida fora do ambiente virtual. Ao que tudo indica, nos próximos anos o e-commerce vai representar muito mais do que apenas 10% das vendas no varejo.

Para começar!

A presença digital das empresas é fato indiscutível. O que não quer dizer que a papelaria deve estar em todas as plataformas disponíveis. Isso vai depender da estrutura e do investimento à disposição para adotar e manter o uso dessas ferramentas a fim de atender e vender aos clientes. Conheça a seguir as mais relevantes da atualidade:

WhatsApp

Ferramenta de automação gratuita disponível também na versão Business, que permite o envio de mensagens e respostas automáticas e a criação de um catálogo com fotos e preços.

Investimento médio: pode ser nulo, caso o próprio dono faça os atendimentos, ou mais alto, se demandar que um funcionário seja destacado para a função.

Perfil de empresa: quem já tem clientes fidelizados pode enviar seu portfólio, mas todo negócio pode atender via WhatsApp. Seu uso constante demanda paciência do atendente, uma vez que a ferramenta de troca de mensagens é assíncrona.

Instagram

Uma das redes sociais de maior influência junto ao público consumidor de itens de papelaria. Permite postagem de produtos com preços, criação de loja dentro da plataforma e lives para divulgação de produtos.

Investimento médio: basta ter um smartphone com câmera de boa resolução e pacote de dados de internet. Investir em acessórios, como ring light, e em cursos de produção de conteúdo para rede social são boas opções.

Perfil da empresa: não há. Desde empresas grandes, com milhares de produtos no catálogo, as que vendem apenas um tipo de mercadoria têm espaço na rede social.

Marketplace

Portais que funcionam como shopping virtual reunindo em seu ambiente várias lojas, a exemplo do Mercado Livre e da Amazon.

Investimento médio: nem todas as plataformas têm mensalidade, mas algumas cobram um valor fixo por venda e um percentual que varia de 0,2% a 0,5% sobre o preço do produto.

Perfil de empresa: lojas com 50 itens ou mais e bom fluxo de produção que queiram testar a aceitação de suas mercadorias antes de criar um site próprio.

E-commerce

Site da própria papelaria que divulga os produtos, permite ao cliente realizar sozinho a compra com variadas formas de pagamento e ainda oferece ferramentas de rastreio do pedido.

Investimento médio: depende. Para ter algum retorno, o ideal é investir em plataformas pagas, como a Nuvem Shop (R$ 49,90 por mês), e comprar publicidade para gerar tráfego de clientes no site. Com cerca de R$ 800 em anúncios no Google Ads é possível que o site seja sugerido para um número razoável de pessoas. A contratação dos serviços de um gestor de tráfego, para planejar e executar as campanhas publicitárias no Google; de um analista de e-commerce, que vai fazer o suporte de atendimento; e de um social media, responsável pela produção de posts, legendas e pesquisa de tendências, é altamente recomendada.

Perfil de empresa: indicado para quem já possui uma cartela de clientes e mais de 50produtos.

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